A Garganta da Serpente

Evan do Carmo

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O vento

Coragem eu queria ter,
Da mesma que tem o vento;
Invadir todos os nichos
Esbarrar em movimento...
Desconhecer mar aberto,
Vencer as curvas do tempo.

Passear na noite escura
Açoitando o meu lamento,
Distribuindo sorriso,
Aos espíritos do cimento
Entrando no cemitério
Revirando o sofrimento.

Sem mistério entra e sai,
Com a mesma sutileza.
Não se detêm em conversas,
Por mais que tenha firmeza.
O preço do seu apreço,
Não há quem possa aventar

Vento livre que me inspira
Para teu corpo encontrar,
Ser liberto das intrigas,
Da ira do meu lugar,
Vem à minha triste vida
O meu sonho acalentar.

(Brasília 15/11/2006)


(Evan do Carmo)


voltar última atualização: 22/05/2007
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