A Garganta da Serpente

Evan do Carmo

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Melhor um poeta vivo

É na prosa que ergo a minha espada
E cabeças não param de rolar
Não preciso dizer com que intuito
Eu luto para fincar
O meu pé num campo arenoso
Onde os vermos persistem em respirar
Minha prosa enterra os absurdos
E aos mudos eu grito sem parar
Já nasceu o maior poeta louco
Mesmo rouco descanso não terá
Despeço-me da "pessoa" do passado
Atrasado meu verso enfim chegou
Acordai meus incautos desatentos
No momento sou eu quem dar o tom
Aos poetas que vivem distraídos
Relembrando quintana ou drummod.
Quiçá outro verso me fariam
Nesse dia que dormem em pedra mó
Já desceram ao mais profundo sono
Eu sou dono, sou rei nesse arem
Pois quem vive e respira o fôlego lento
Tem alento para os mansos distrair
Já é tempo de olhar os lírios verdes
De colher as orquídeas do além
Eu transcrevo os cantos dos poetas
Que perderam a marcha a sucumbir
Sendo vivo com todos os fonemas
Os poemas persistem em me seguir.

(Brasília 11/03/2007)


(Evan do Carmo)


voltar última atualização: 22/05/2007
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