A Garganta da Serpente

Eustáquio Mário Ribeiro Braga

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PENAR

Vazou dos olhos uma lágrima
Que encontrou colo para deitar
Deitou calmamente sem dó nem piedade
A gota de pena que nega o próprio negar...

Vazaram dos olhos cachoeiras
Oceanos que se formam no dilúvio do lacrimejar...
Vazaram somente por piedade
Para uma derradeira gotícula formar...

No vento que sopra levemente
Veleja a gota no seu penar
Sem pressa segue rumo ao rio
No rio que segue rumo ao mar

Se "as suas leves penas são penas para voar...
As minhas pesadas penas são penas do meu penar..."


(Eustáquio Mário Ribeiro Braga)


voltar última atualização: 27/08/2007
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