A Garganta da Serpente

Eustaquio Leite

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Que queres tu de mim?

De sorte que tudo sempre brilha o tempo exato de sua luz,
Sou de fácil convívio e luto cotidianamente pela vida.
Diferente de outrem e como o sol, venho diariamente,
E costumo permanecer por longo tempo.

Não me ausento ou traio sem prévio-aviso
E ainda que não me vejas,
Sabes que me podes alcançar,
Bastando que estendas a tua mão.

Sou infinito, não apenas enquanto duro!

Se recíproco, dedico intensidade e sou para toda obra,
De mais e menos importância, principalmente as tuas,
Exceto prefiras a companhia de pessoas/amigos,
Para que eu não te sufoque.

És sempre minha obsessão, pessoa-amada,
Apenas não curto a vida em que me excluis.
Não sou de enorme QI, mas, sempre bem informado,
Defendo visão holística do mundo e não me especializo em nada.

A propósito: esforço-me para ser bom, dependendo de "pra que?".

Se às vezes durmo é por absoluta confiança em ti
E, se tu fores a companhia, ousarei maior versatilidade,
Porém, comigo, me enganas menos agora que te sei mais
E, se te achas livre, me trais mais, agora que não te conheço menos.

Então, que queres tu de mim?
E o que devo esperar de ti?

(23/08/2006)


(Eustaquio Leite)


voltar última atualização: 21/03/2011
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