A Garganta da Serpente

Eustaquio Leite

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Sarcasta

Minha cara-feia-metade não amo,
Minha cara-burra-metade eu não quero.
Desprezo-te, minha cara-velha-metade.

Sua cara-linda-metade despreza-te.
Sua cara-burra-metade não te quer,
Não te reconhece, sua cara-velha-metade.

Escárnio Voltaireano,
Socrática ironia?
Quem é cara-metade de quem?
De certo sei, todavia,
Você de mim...
Eu de ninguém!


(Eustaquio Leite)


voltar última atualização: 21/03/2011
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