A Garganta da Serpente

Eric Ponty

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Pássaro inconsútil

(p/ José Inácio Vieira de Melo)

Um pássaro inconsútil
não diz muitas madrugadas
não tece a fala Severina
abjeta-se de dizer
flúmen ou lagarto.

Um pássaro inconsútil
depõe as algaravias do dia
o sonho cruel de Malaguias
sobe decidido a escada de Jacó
aparta-se o anjo de sua benção
a que abençoe tênue luz do dia.

Um pássaro inconsútil
reza ao vento que leve
se desvele manhã sutil
oxum chame ogum
para colecionar réstias
olvidadas da pedra.


(Eric Ponty)


voltar última atualização: 10/08/2007
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