A Garganta da Serpente

Emil de Castro

  • aumentar a fonte
  • diminuir a fonte
  • versão para impressão
  • recomende esta página

MEMÓRIA

Medos pavores soluços
os gemidos do casarão arcaico
tio João chamando
na cabeceira da ponte.
É o vento diz minha mãe
batendo nos bambus.
E as correntes arrastando
no corredor do barão?
De onde vem
para onde vão ?
É o Noroeste ó filho
que chega de agosto.
São vozes da noite, os morcegos, os bruxos,
os meus fantasmas possessos.
São os cães do seu avô,
diz minha avó
não sei de onde.


(Emil de Castro)


voltar última atualização: 19/01/2011
10187 visitas desde 07/07/2010

Poemas deste autor:

Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente