A Garganta da Serpente

Elizabeth Caldeira Brito

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O AVESSO DAS HORAS

Teço o que sou
no vazio dos dias.
Sigo no avesso relógio ao c
                               o
                           n
                        t
                     r
                á
           r
      i
o.
O tempo tem seu tempo contado,
faz do sonho o inimaginável.
Há quem responde a completude do ser?
Senão às horas, aos dias, ao tempo
e à angústia de viver?

O ser ressurge
do sêmen que à vida jorrou.
E o criador fez a criatura
viver infeliz abismos noturnos.
Sequer importa a vida lá fora,
acorda a morte prematura.

(Elizabeth Caldeira Brito)


voltar última atualização: 21/09/2008
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