Soneto de Lamentação
sse corpo nu na relva em esparramo
enche a alma de feroz espanto...
Desejá-lo muito sabendo que não amo
só aumenta o engodo e o desencanto
dos versos frios com que te visto
a carne arrepiada nas manhãs. Ao Luar
pede-me Amor, simples... eu despisto
preenchendo com rodeios seu lugar.
É amarga é dolorosa, digo e repito
tão doce e saborosa sobremesa,
para quem já não a pode provar...
Saciar esse amor que me é dito
por lábios de inusitada beleza
aos meus, em que o verbo foi proscrito!!!
(10/2/2006)
(Elisandro Do Canto)
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