Soneto de súplica
Deixe-me tocar-te a face meiga
E ver os ombros brancos suculentos
Fugindo de tua blusa azul celeste.
Deixe-me ver o teu sorriso sedento
Encostado na minha face imatura.
Deixe-me descansar meus beijos
Em teus seios alvos e intumescidos
De desejo. Deixe-me sonhar acordado
Com teu corpo rolando nos lençóis
E esquecer que existe um mundo
Tão empenhado em apartar nos dois.
Deixe-me ser por breves instantes
Na tua carne um anjo meigo e devasso
Que acorde em ti a angelical amante...
(Elisandro Do Canto)
|