A Garganta da Serpente

Eduardo E.

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Non Ducor Duco

De dois em dois
Ela salta os sinais
Contidos no sorriso
Das Trevas
Invoca espíritos velhos
E andarilhos
Cujas lembranças remotas
Transformam-se pelos sujos corredores do tempo
Envolvidas em andrajos
E lágrimas de sólida nostalgia
Perde-se pelo caminho
A Filha Estranha
A Herdeira de mundos passados
Feiticeira de aventuras
Em terras estranhas e quentes
Abaixo do Equador

Seja altruísta menina
E peça aos céus
Que aplaine as montanhas
Seque os mares
E liberte os gênios
Presos em minha débil alma
Sei que tenho medo
Diante da Esfinge
Que não compreendo muito bem
Os significantes e seus significados
A síntese de toda existência
Entendo apenas
O arredio sentido da História
Complacente e incólume
Diante de nossa impertinência
E devassidão tola
Contornando nossas fraquezas
Transmutando carne e osso
Em estrelas miraculosas
Em mitos eternos
E etéreos

Tu és um oásis no deserto crespo
Caótica ordem
Aglutinando e semeando
Liberdade e temor

Tu és Filha de Reis
Donzela profana
Aquela que conduz
Mas não é conduzida.

(20/1/2009 03:32)


(Eduardo E.)


voltar última atualização: 07/07/2009
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