A Garganta da Serpente

Eduardo Ayres

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Animus Sapientia

Não se sabe de quem foi o erro,
Mas se sabe onde foi o erro.
A culpa não é só do assassino,
Mas também da vitima,
Que permitiu que lhe fosse retirada à vida.

O desdém pelo presente que foi dado,
É apenas uma amostra do que realmente há no interior.
Quando um não aceita o que temos a lhe dar,
Então que ofereçamos a outro.

Impérios caem e se erguem,
E assim é o coração,
Construímos, criamos e protegemos,
Demolimos, recriamos e nos erguemos,
Esse é o fluxo natural da vida e de todo o cosmos.

Cada um possui uma estrada,
E a mesma estrada que eu caminho,
Só pode ser trilhada por mais uma pessoa,
Aquela que realmente deseje estar ao meu lado.

A paz de saber que agora tudo esta como deveria estar,
E que algumas perdas são na verdade grandes ganhos,
Pois há males que vem para bens.

Ser amado por alguém é um presente,
Mas poder amar é uma dádiva,
Não me arrependo de ter amado um só dia,
Só me arrependo de não ter escolhido o meu "amor" como deveria.

Se a chama se apagou, foi por que não foi alimentada,
Se não foi nutrida era por que não se era necessária.
As trevas tinham tomado conta,
E eu me perguntava o por que,
Mas somente agora eu entendi...
Não há sombras quando se há luz!


(Eduardo Ayres)


voltar última atualização: 17/07/2009
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