A Garganta da Serpente

Edmar Germano

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Poema do luar

Olhando o luar, com seu brilho a irradiar
quis de longe o breu da noite atravessar
num caminho intangível e abstrato
com muita vontade de te encontrar.

Numa estrada a percorrer
existente somente dentro do meu ser
onde o guia é o meu coração
o regente a conduzir o espírito, a alma, o ser.

Sem poder esperar num desejo intenso
para te contemplar, numa incontrolável ânsia
e inconstância nela me formo e me transformo.

No querer se busca o esperado
tudo pode acontecer, rompe-se o passado
irradia-se o intimo, surge o que se é
tudo o que se criou se realiza.

No caminho dentro de mim não há estrada
apenas sinto onde o tudo e o nada se misturam
num espaço sem espaço, num nada sem vazio
sou o que criei, sou o amor que por ele tanto lutei.

Sou os sentimentos desde outrora querido
sou a realização do esforço sentido
sou sua imagem, seu choro e sorriso vivido
sou o beijo jamais interrompido
sou eu e você de tantas vidas de amor vivido.


(Edmar Germano)


voltar última atualização: 16/01/2006
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