A Garganta da Serpente

Edir Augusto Dias

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a tarde demolida sem que alguém apanhe na rede tênue seus resíduos de luminosidade e reflexos dementes
as folhas do livro caíram mas estou levando numa boa ainda que arte me falte e todas as manhãs anunciadas regridam
nada arranha esse silêncio de vidro e névoa que me habita secretamente
onde ainda posso defender as lembranças de sonhos desperdiçados entre equilíbrios fatigantes e lutas meticulosas, porque demoro no que sou mas você quer um liquidificador novo e um televisor e um vestido que te esconda de ti diante do espelho e dos olhos de todos...

(Poemas que compõem o livro: Traços Invisíveis - 2003 - ainda inédito)

(Edir Augusto Dias)


voltar última atualização: 07/04/2006
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