deixa estar
tenho no peito
o aço estampado
brasa que arde
dos sonhos desfeitos
tenho virtudes
de ares roubados
tenho pecados
e muitos defeitos
rodei caminhos
por rotas estranhas
quebrei os espinhos
feri as entranhas
vivi dos amores
senti os prazeres
guardei meus temores
usei meus poderes
a vida me deu
o que pôde me dar
o resto eu peguei
como pude pegar
o céu ficou longe
não posso chegar
o inferno é aqui mesmo
então deixa estar
(EdimoGinot)
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