A Garganta da Serpente

EdimoGinot

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deixa estar

tenho no peito
o aço estampado
brasa que arde
dos sonhos desfeitos
tenho virtudes
de ares roubados
tenho pecados
e muitos defeitos

rodei caminhos
por rotas estranhas
quebrei os espinhos
feri as entranhas
vivi dos amores
senti os prazeres
guardei meus temores
usei meus poderes

a vida me deu
o que pôde me dar
o resto eu peguei
como pude pegar

o céu ficou longe
não posso chegar
o inferno é aqui mesmo
então deixa estar


(EdimoGinot)


voltar última atualização: 10/08/2006
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