Para a Luz
Este teu corpo pequeno que nunca vi
Com olhinhos ainda inexistentes
Em meio à sua transparência rosada...
São muitos os enjôos nestas manhãs
Da minha nova vida, onde um dia após outro
Pode significar
Uma eternidade para ti.
Sou inteira em meu sangue pulsando
E nele pressinto teu minúsculo coração
Recém - iniciado.
Penso em como serão tuas mãos
E teu cabelinho,
E me admiro inteira por não conseguir
Acreditar
Que tu, meu filho!,
Existe!
Escuto as canções me perguntando
Se gostas também,
É tão bom ter um pedaço meu
Com vontade própria!
Nem parece ser
Real.
(Dunia el Hayed)
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