A Garganta da Serpente

Dudu Oliveira

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Masmorra

A porta entreaberta
Te adivinha desperta
Sozinha
Nua de tudo

A luz que rasga a moldura
Antecipa o frio de algum punhal
O silencio é a trilha da solidão
Ele não pretende machucar
Só é bruto, intenso e indiferente...

As cinzas descartadas no cinzeiro
Espalham um cheiro de cotidiano

Ainda que todas as fêmeas
Transbordassem seus feromônios
Haveria a formalidade do cigarro pós-tudo

As lágrimas rolam secas
Até as tristezas se acomodaram
E o corpo nu
Revela uma alma ferida.


(Dudu Oliveira)


voltar última atualização: 23/02/2009
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