A Garganta da Serpente

dos Anjos

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AS JURAS QUE FICARAM NA CALÇADA

Eu ouço trinta dores e um só cárcere
Da alma enferrujada em contramão
Final de vez, vendido pelo chão
Num peito que abana um Céu de mármore.

As celas que ficaram pela estrada
Prendendo um sem-amor em quase tempo
São juras que ficaram no cimento
Promessas que deitaram na calçada.

Cadeias são correntes besuntadas
Num elo de morfema intransigente
Prisão a sete chaves de palavra.

Verdugos são dois pães de uma só lavra
Na grade que circula permanente
As garras dessas cores amputadas.


(dos Anjos)


voltar última atualização: 11/02/2009
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