A Garganta da Serpente
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Dora Ribeiro

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Sozinha

Penso, assim sei que existo
Por mais que eu tente, não entendo
As vezes me vejo louca
Faço de tudo pra chamar sua atenção
De nada adianta, tudo é em vão
Você não me vê, sou transparente
Se grito, sou louca
Se calo, sou omissa
Se falo, não sou ouvida
Tento me explicar, mas nunca sou entendida
Perco tudo, tempo, vida e cada vez mais louca choro
E pra que chorar, sofrer
Isso pra mim é morrer
Aos poucos, sem perceber e sem querer
Isso é está sempre sozinha.


(Dora Ribeiro)


voltar última atualização: 28/09/2004
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