A Garganta da Serpente

Diego Hang Borges

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NÃO HÁ

Estou sozinho
Sem nada pra fazer
Só sou faminto
Sem nada pra comer

Aqui sentado
Sequioso por alguém
Só fico mal-amado
Não vejo ninguém

Só vejo negro
Apagaram a luz
Estou com medo
Seguro na cruz

Não há um vulto
Não a escada
Não há tumulto
Não há nada

Onde estão meus olhos
Me devolvam por favor
Sai sangue dos poros
Vida de horror


(Diego Hang Borges)


voltar última atualização: 29/10/2010
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