Blasfêmia
Em outrora era em tudo em tudo diferente
Eu era a poesia romântica... a canção!
Agora sou pouco mais decente
Que os vermes que dementes rastejam no chão!
Cometi os pecados por Jeová transcritos
Nas tábuas de pedra - pedra coração...
Me sinto tão tão sujo, infame, corrompido
Um ser sem espírito, abstêmio em razão
Sou tão dividido que não reconheço
As partes de mim que avisto a vagar
Sou tão pervertido que sinto prazer
A desfalecer de tanto chorar...
Hoje sou majestoso...
Da hipocrisia, o Rei!
Sim, pago em mim os maldizeres
Maldições e desprazeres que aos meu desejei...
Tornei-me um louco impuro criador de casos
Um contador de histórias cheias de erotismo
Tornei-me um ébrio tolo e descontrolado
Na maldição que cumpre meu fado de heroísmo...
Sou hoje o que odiei outrora,
Com justa indignação
Que faço?
Sou um blasfemo amante da traição!
Sou a serpente cruel,
O filho maligno da sorte
Sou um poeta que sonha esperando a morte
Quem sabe um dia notem, que tornei-me uma estrela do céu...
(Devily Fersy)
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