A Garganta da Serpente

Deibby Lee

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Me sinto mais pura agora
Depois que você, e suas fraquezas passaram
E talvez seja difícil estar aqui, imóvel
Pois você repara que certas coisas não são para sempre
E que outras, ao contrário, vão embora.
De que adiantam as palavras e a sabedoria recolhida?
Se em 20 anos, tudo o que sei esteve em mim e a história é a mesma.
A nada serei tão grata quanto ao tempo que me ensinou a viver,
E a morrer e nascer quando fosse necessário
Pois só eu sei o quanto preciso disso,
Só eu sei o quanto é necessário...
Prometo que hoje, não irei me render à simples tristeza
Que por tempos habitou em mim, sem ser convidada.

Eu preciso ser mais sentimental,
E me livrar de certas coisas
Desejar a beleza suprema,
Mesmo que acabada
Minhas mãos são pequenas demais pra tanto ódio,
Por isso o rancor se despede, dentro da noite, enluarada....
Os olhos estão úmidos, e a dor surge tal como as lembranças
Que foram poucas e frias
Nuas e cruas,
E cuja tortura...Não cessa.

Eu preciso ser mais sentimental
E me livrar de certas coisas
Perceber que existe vida, lá fora
Mesmo que em mim, todas as forças se anulem
E que o tempo me obrigue, a agonizar por tua espera.

(11/12/2005)


(Deibby Lee)


voltar última atualização: 29/05/2007
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