A Garganta da Serpente

Darío Filho

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certas horas
de fechar os olhos
e ouvir velhas canções

momentos de magia
de exalar um cheiro
que há muito não sentia

doces sensações
arquivadas na memória
refletidas num espelho

frases adormecidas
no intangível tempo
na impossível volta

imagens reveladas
na claridade do pensamento
em nostálgicas abstrações

na velocidade do instante
de suavidade inesquecível
a permanecer eternamente.


(Darío Filho)


voltar última atualização: 04/04/2006
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