A Garganta da Serpente
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Dentro do Vento

Contorções da cólera aguda
Remói o langue desejo feral.
Frágeis expressões lascivas,
Dos escombros vazios e frios.
Onde vaga o morno prazer?
Corrói a magra sensibilidade!
Indefinível visão suave,
Longe, alta e profunda.
Meu reflexo n'água.

As folhas secam, e simplesmente caem!
Ciscos a dissipar dentre o vento,
Sem mais regressar.
Sentidos do sopro da existência.

Dentro do vento está o desejo,
Todo consolo de tintas
Coloridas espalhadas na teia.
Dentro do vento está a lembrança,
Em tela úmida secando sem sentido,
Raso, sujo, incomum e sem esperança.


(Daiton Arkn)


voltar última atualização: 16/05/2017
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