A Garganta da Serpente
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A F O M E D A T E R R A

Não vejo a hora de você voltar.
Minhas entranhas milenares
estranhas e vulgares preciso alimentar.
Caminhe sobre mim, pise, me destrua
mas volte logo, foi sempre assim.
Perceba logo, a vida não é tua e sabe o seu fim.
Dizem que me possuem
e que de mim são donos,
na verdade sou de todos
e todos são meus,
gentios ou judeus,
branco, negro, pardo,
vermelho ou amarelo,
tudo cabe em minha boca
conforme o seu tamanho.
É uma fome louca,
desta comida sempre pouca
para um estomago tão belo
digerindo vida sem parar.
Oh. . . meu quitute singelo,
espante o abutre,
não vejo a hora de você voltar.


(Dagô)


voltar última atualização: 07/08/2006
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