A Garganta da Serpente

Cynthia Oliveira

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Venenos

Navalhas que cortam minha carne
E dizem que não sou.

Calam minha boca
Ferem meu cérebro
Tentam fazer com que acredite
Que não sirvo mais.

Navalhas que cortam minha mente
Despedaçam meu coração
Que já não existe ou pulsa.

Eu não pulso mais
Não quero mais nada de mim
Não quero correr
Ou mesmo acordar.

E assim me fazem crer,
Navalhas potentes,
Que não existo e que,
Por não existir,
Não devo viver.


(Cynthia Oliveira)


voltar última atualização: 29/08/2006
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