Canções de mares
Medonhas saudades dos mares,
e dos teus sonhos, desenhos meus
nas margens do Tejo, olho São Paulo
inverto os dias e as latitudes
e banho este papel no tempo,
em teu sal corro como água doce,
nos nossos corpos entrelaçados
no prazer das peles ardentes
criamos ventos secretos
assim desconcertados conversamos,
ouvimos os ecos de quem nos dizia
"E, afora este mudar-se cada dia"
(2007)
(Constança Lucas)
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