A Garganta da Serpente

Condessa de Lis

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Verdades Sobre Mim

Eu sou o que minha liberdade diz
Caminho em calçadas altas
Moro num sobrado antigo
E ai de quem me chame meretriz

O ouro compra a alma?
Ou vende ela pelo Anis?
Balelas sem lógica humana
De bocas amargas e vis

Meu corpo reluz na cama
De aristocratas sem valor
Mas não podem com suas moedas
Usurpar meu doce amor

Da Catedral ou do Palácio?
De onde vem sua maldade vulgar?
Não importa o tempo que passe
Eles me perseguem sem cansar

E meu coração já teria dono?
Alguém poderia isso imaginar?
Eu choro ao lembrar de seu rosto
Que tanto me fez sonhar

Iria ele assim me aceitar?
Eu posso vê-lo olhando da escada
E digo que por toda a eternidade
Eu o tentarei encontrar...

(B.P. - 31 de agosto de 2005)


(Condessa de Lis)


voltar última atualização: 25/10/2005
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