Secretíssima
(para Eduardo, sempre)
Rasgo-me
o ventre da alma,
para um harakiri
de oferenda.
Não por honra perdida,
mas por desejo interrompido,
empecilho à livre expansão
da completude a dois.
Quimono de seda,
camadas superpostas de dor
e de saudade.
Bordados sutis
quão foi o amor profundo
de raízes imensuradas.
A adaga ritual.
A entrega plena,absoluta.
Antes, simbioses desideratas,
limites de limitações sem limites.
Promessa de reencontro
em outra dimensão...
e vôo, então.
(Da série Poetas Suicidas XX - 26/08/2006 10h38)
(Clevane Pessoa de Araújo Lopes)
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