A Garganta da Serpente

Clevane Pessoa de Araújo Lopes

  • aumentar a fonte
  • diminuir a fonte
  • versão para impressão
  • recomende esta página

SIVUCA

(Para Sivuca)

No nome, ritmo.
Nota musical se repetida, cigarra
si...si...si...si...si...si...
cicicicicicicicici
Sabe quem canta e trabalha
e morre com o coração solfejando?
Assim esse albino
velho-menino
novo e renovado de si.
Nome-Mantra
Nome-Tantra.

O som que emoção e tatalares
fazia brotar.

O avô,barba noelina,
música iantina.

Bem perto Natal
resolve alegrar a festaria
da outra dimensão.
Por isso, essa chuvaria.
Nuens grávidas
sacodem-se e a bolsas d'água rompem.
parto de pranto
de saudade
de relembrares.

Impossível não sacudir
o soma, a piquê,a alma.
tudo freme e treme:
a ponte, o mar ,as folhas e flores,
as correntes.
Passarada se agita.
Borboletas se espiralam.
Cães ouvem além do nossos limites
e ladram.

E chove.E faz sol.
E a lua também dança.

Sivuca, até um dia, hem?


(Clevane Pessoa de Araújo Lopes)


voltar última atualização: 01/09/2009
25903 visitas desde 01/07/2005

Poemas desta autora:

Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente