A Garganta da Serpente

Clevane Pessoa de Araújo Lopes

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Milagrama

Um cogumelo de fumaça imensurável
resulta da bomba
insulta a pomba da Paz,
que enegrecidas penas,
revoa a fremir de dor,
gorgulhante...
e as penas se desprendem.
Quais as peles das pessoas.
Os olhos se enevoam,
mil tipos de cãncer
desorganizam as células
ou as célula,desorganizadas
provocam mil tipos de Câncer?
Fogo na garganta,voz trancada,
vozes em sussurros,
vozes aos gritos...
E o Cosmos, perplexo,
porque o resto da humanidade perplexa
vira o rosto,
não faz o gesto,
a sentir-se impotente...

Mas o povo japonês se refaz de si,se reconstrói
e "da solidão de Hiroshima",
que tanto impactuou o jornalista atento,
o trovador solidário e observador,brotaram as flores do potencial humano,
testadas à exaustão.
E nasceram novas Horoshimas e Nagasakis,
mesmo que os criminosos
que pensam serem donos do Poder
(NÃO o são,"Não o são")
continuem impunes,
o que importa,nesses sessenta anos,
é que as duas Phoenix se ergueram das próprias cinzas!

(Belo Horizonte,escrito em 05/08/06,pois em 06/08,lembramos os sessenta anos desse horror, pois para que haja PAZ, infelizmente é preciso lembrar os horrores das guerras...)


(Clevane Pessoa de Araújo Lopes)


voltar última atualização: 01/09/2009
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