Vida Cabocla
Embrenhada no cerro
Casa acerejada
Telha descorada
Chaminé encarvoada.
Regalo do matuto é pitar,
Na espaçosa quatro chinelos.
Algazarra da passarinhada,
Corredeira cristalina;
Gorjeio do sabiá.
Sertanejo
De dias cheios
E noites quase fechadas.
Lua é poesia;
Viola é lamentação.
Caipira se alonga,
Em eterna solidão!
(Claudionor Araújo da Silva)
|