O sorriso da rosa
Quando agarras uma rosa
E te espetas no espinho
Isso é dor!
Mas persistes para a cheirar
E voltas-te a espetar
Isso já é sofrimento!
Desse tormento
Inventas uma prosa
Com sinais de rebeldia
Ao visualizares aquela rosa
Sem quaisquer espinhos
Isso é poesia!
Regressas pois a um jardim
Avistas a rosa entre muitas flores
Inventas um cheiro de improviso
Renegas ao medo e às dores
Encontraste a tua alma afim
No segredo de um sorriso...
(Cláudio Domingos)
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