A Garganta da Serpente

Cláudia Banegas

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Reflexo da Alma

Sou poeta, eu crio.
Dou à luz palavras, as guio.
As transformo, lhes dou corpo,
lhes dou forma, lhes dou luz.
Sou poeta, eu sinto,
e o que sinto, transmito,
divulgo, espalho.
Como sementes, são as minhas palavras.
As solto, para recolher tempos depois.
Multiplicadas.
Minha alma vai com elas, e quando voltam,
ainda carregam a minha essência.
Reflexos, é o que são.
Eu vivo.
Vivo em minhas palavras,
e elas vivem em mim.
Sou poeta, eu as crio,
mas não as crio para mim.


(Cláudia Banegas)


voltar última atualização: 03/05/2010
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