A Garganta da Serpente

Ciryatan Ilus

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Nunca foste pequena, e sempre linda notei
Talvez eu em minha loucura e vã insensatez
Tenha sido menos que aquilo, e um dia serei

Nunca foste borrão em formosa pintura
Foste sempre aquarela de suave lisura
As mais belas cores reunidas sem fuga

Nunca foste horizonte ao longe distante
Insular no oceano de caminhos de Dante
Atingível num olhar no depois e de antes

Nunca foste precipício de certeiro pendor
Mergulhado num sonho enfim, fez a me por
Semeando você este sono de simples teor

Nunca foste som pueril de frívolo pulsar
Melodias, rimas, músicas, mais que o ar
Tornam-se vícios doces sem nunca negar

E nesse suave pêndulo de paz e primavera
O vai e vem de volúvel e súbito que sim, era
Desejo assim, afim quedar-me, a quem me dera

Foste sim, suave sensação silvestre solar
Luz lançada e laçada em lacuna a livrar
Meus medos, murmúrios, místico mel de mar...

(14-07-2005)


(Ciryatan Ilus)


voltar última atualização: 01/03/2007
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