A Garganta da Serpente

Carlos Tibiriçá

  • aumentar a fonte
  • diminuir a fonte
  • versão para impressão
  • recomende esta página

BELEZAS DA EXISTÊNCIA

Uma folha que cai, uma mão que afaga.
Uma flor que desperta neste mundo sem graça.
A esperança que nasce de um triste que cala
Quando atônito assiste a fúria da desgraça.

A emoção que resiste a tantos devaneios
E um pálido insiste no seu amor primeiro.
Um profeta prediz os males traiçoeiros
Quando o afeto invade um espírito inteiro.

A paixão violenta, estúpida, perde a face,
Num momento o ausente ressurgiu meio a frase
Que veio como o vento de um dia derradeiro.

O poeta por fim chora por ver o mundo cheio
De guerras, fome, doenças e a vida sem respeito,
Mais se alegrou de repente com beleza de um feio.


(Carlos Tibiriçá)


voltar última atualização: 13/06/2005
6440 visitas desde 01/07/2005
Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente