Soneto da Devoção
Digo teu nome quando vou dormir,
Na prece à deusa dos enamorados
A quem suplico o mágico elixir
Que une corações desencontrados.
Digo teu nome logo ao acordar,
Estendo a mão querendo o suave toque
Do pássaro flanando pelo ar,
E da carícia sem peso, sem choque.
Digo teu nome no correr do dia
Nas pausas de repentes do trabalho,
Quando a calma me vem da nostalgia.
Digo teu nome quando a noite cai,
E procuro, marcadas no baralho,
As cartas do destino que se esvai.
Caio Rocha
Sucesso
(Carlos Rocha)
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