A Garganta da Serpente

Carlos Pompeu

  • aumentar a fonte
  • diminuir a fonte
  • versão para impressão
  • recomende esta página

Anjos Góticos

Com os meu olhos carregados e úmidos
Trago no peito o amargo sentimento
Da desconfiança que encena minha dor
Como uma dança

Uma triste e íntima pajelança
Do escuro caminho que trilho
Assobio a canção sem estribilho
O desencanto de um sonho que evaporou

Semeando a tristeza que sobrou
Me levando aos prantos
Às lágrimas que denunciam
Meu estado de espírito

Musa dos Escombros
A quintessência plena da elegia
Dai-me forças para elevar
Minha fraqueza à graça da poesia

Anjos Góticos talhados na pedra
No mármore, na carne
Únicas testemunhas
de minha queda

Perdoem minha alma
Turva e rastejante
E este sentimento vil
E agonizante

Não sei se minto
Mas sei que sinto
que não serei
Mais o que sou

Neste crítico momento
do Mais
Profundo
Lamento


(Carlos Pompeu)


voltar última atualização: 07/10/2010
6498 visitas desde 07/07/2010

Poemas deste autor:

Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente