A Garganta da Serpente

Carlos Pompeu

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Poema Vazio

A sensação do vazio é terrível
Algo inconcebível
Para a razão
que cede terreno à emoção

Para o sentimento pequeno
Que espanca a alma
Com agitação, nervosismo
Sem piedade e nenhuma calma

Violência e impaciência
O Vazio absorve e consome
A alegria
que se transforma na forma

De uma melancolia
Legítima filha da agonia
Que toma de assalto
Meu pálido ser

E nem ao menos reage mais
à este entristecer
que se instalou sem sequer
pedir ou dizer

A devida
Licença poética
Rasgou o peito e tatuou uma ferida
Criando uma nova estética

E me deixou cair em um precipício
Com indícios
De uma vasta solidão
Que flui como larva de meu coração

Sou as trevas
O Lado Sombrio
O pecado e sua flor
Cheia de Vazio


(Carlos Pompeu)


voltar última atualização: 07/10/2010
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