A Garganta da Serpente

Carlos Costa

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Ausente

Eu que fui ausente contigo
Cometi o pecado,
Acima de tudo
de ter sido um ausente
só comigo mesmo

Eu que adiei,
Fugi por tantas vezes,
da conversa conclusa
e que rangi meus dentes;
engoli a saliva seca,
não falei o que devia ter sido dito
Porque me senti inconcludente
Com tudo tão incompleto

Eu que não risquei teu olhar
com o brilho da lâmina de meus olhos
umedeci meus lábios,
só porque te desejei
Fui ausente e nada te falei

Fui eu quem esboçou,
Quem rascunhou a vida
Na forma de sonhos a carvão
Quem desenhou a amada
em um castelo só de felicidades

Fui eu quem quis dançar sob a chuva
A dança dos vencedores,
A dança dos homens felizes,
Dos noivos extasiados
Ganhar o beijo da chuva
e rir por só se sentir bem
por saber que se pode amar
que se pode viver.


(Carlos Costa)


voltar última atualização: 29/11/2004
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