A Garganta da Serpente

Carlos Costa

  • aumentar a fonte
  • diminuir a fonte
  • versão para impressão
  • recomende esta página

Tudo Artificial

Tudo tão artificial.
As máquinas se desgastaram,
Os dias passaram,
As horas foram esquecidas;
muitas entediadas,
longe do natural,
As psicologias que não chegaram
a um contentamento humano;
e meu descontentamento sem tua presença;
ajuda a me cansar desta artificialidade.
Já sinto um vazio;
Ou nada se preencheu,
Ou é ilimitado este espaço
sem tua presença.
Todos os compêndios;
Todos os tratados,
Todas as definições,
Todas as logias
me desgastaram os olhos;
Abarrotaram-me.
Me explicaram e não me sentiram;
Com tudo artificial
Não me viram,
Vem me abraçar,
Me afagar,
Fugir desta metódica vida artificial,
quer sejam por apenas poucas horas naturais,
Vem me compreender
e se deixar compreender,
longe do mundo artificial.


(Carlos Costa)


voltar última atualização: 29/11/2004
6784 visitas desde 01/07/2005

Poemas deste autor:

Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente