A Garganta da Serpente

Carlos Araújo

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à sombra de Sade

Eu sou o sangue que corre em seus versos
vacilantes, secos e desesperados
Sou quem soa a seus ouvidos e ceras verminosas
frases a o acaso em que sentes-te
rejubilado a auto-denominar gênio
Sou a chave com que cerras a porta
a manter-se fechado alheio as companhias
em julgas hostis por não terem cultura
Sou eu quem estará te aguardando
portando meu rosto cajado
diante da sepultura.
Seremos então apenas um
apenas um corpo a assustar
gentes insana e incrédulas
e a inspirar outros malditos poetas.


(Carlos Araújo)


voltar última atualização: 10/05/2007
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