A Garganta da Serpente

Carlfilho

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Porta voz

Um poema se perdeu...
Foi, com ele, abafada
Minha voz sumindo abatida

Um poema se perdeu...
Preso nas trivialidade das linhas
Levou embora consigo
A alegria a transbordar nas entrelinhas

O poema foi embora, fugiu
Evaporou-se na ausência do idílio
Sumiu na profundeza da inconsciência
Enfadado na consciência desse mundo frio

O poema foi embora, sumiu
Deixou-me na realidade palpável
Só me restando agora, por fim
Sua imagem turva no olhar lacrimejado

(...)

Quando o poema foi embora
Fiquei sem meu sorriso vadio
Fiquei, eu, desamparado
Ninguém viu e nem ouviu
Ficou o silêncio no papel
Mas fui eu quem ficou calado

O poema passou
Deixou reminiscências
Com ele foi minha voz
Cicatrizadas nas lembranças ternas

Um poema se foi
Um poema se perdeu
Com ele foi minha voz contida calada
Uma mensagem de despedida esquecida
Amigo do amanhã por vir
Só te resta aguardar
Um novo amor, uma nova dor


(Carlfilho)


voltar última atualização: 27/09/2010
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