Frágil abrigo
Venho abaixo consumido em chamas
Por dentro, enquanto cauterizo em dor
Na alma, a paz encandeada descansa
O corpo desfaz-se na fragilidade humana
A carne desmancha em algo que a revele
Eis o momento que verdade vem à tona
Atendendo de prontidão as minhas preces
Meus olhos abertos ao céu emana
O brilho esvaído na dor descomunal
Expondo, enfim, com clareza insana
Toda esta inconsistência material
(Carlfilho)
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