Quem é ela?

A princípio ela parece ser uma solução
Mas o seu final fere a qualquer coração
Dos males aos bons
Dor, decepção, repugnância
Sem raça ou classe social ela vive
E parece não ter culpa alguma
Das violências sentimentais que causa
Mesmo na dor ela resiste sobrevive
Ate quando se diz nunca mais...
Ela caba voltando
Não existe nunca pra ela
Ou até haja o seu limite ou sua verdade
Onde os olhos revelam
Devora todos os sentidos
Deixa-nos como palhaços de nariz
Até a face pintada
Ela chega onde que, e destrói o que quer
E sua recuperação é lenta
Seu tamanho é grande e pequeno
Que se carrega a qualquer bolso
Que carrega aos maiores dos pensamentos
Aos menores dos sentimentos
Uns dizem que não a tem
Que não a usa
Mentira?
Não se sabe, a humanidade caminha assim
Se enganando
Uns temendo dela, outros fazendo proveito
Mas sempre a usando
E sempre pedindo perdão
Por mais uma mentira.

(25/06/04)

(Camila Dayan)