A Garganta da Serpente

Cairbar Garcia Rodrigues

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MISTÉRIOS

Lamparina a querosene.
O bailado bêbado da chama ao vento
Velhos retratos ovais de antepassados mortos,
Me olham como fantasmas de olhos serenos.

Faz muito tempo, muitos anos.
Eu era uma criança e o mundo
Um mistério ainda por desvendar

Lâmpada fosforescente
Ausência total de uma chama em dança.
A porta do apartamento fechada sempre.
Novos surrealismos em telas que não entendo.
E que olho como se olhasse a morte.

E neste instante... agora,
Sou uma criança velha e o mundo
O mesmo mistério por desvendar.


(Cairbar Garcia Rodrigues)


voltar última atualização: 13/10/2003
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