A Garganta da Serpente

Caio Carmacho

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Rodando a bolsinha

Entre os dias
e horas marítimas,

descortinadas,

carcomidas

a cidade se desliga
feito vitrolinha

e existe algo
de suspeito,

uma fugaz vulgaridade
teatral

perdida

algo pralém
do que é corpo,
trabalho,
arte,
vida

existe o silêncio das coisas
que não precisam ser ditas

a mulher que gratuitamente
me mostra as tetas

só quer
naturalmente
ser reconhecida

e vai saber

umas duzentas
e quarenta
e três
noites

varadas a assaduras
& biritas.


(Caio Carmacho)


voltar última atualização: 26/05/2007
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