A Garganta da Serpente

Carlos de Hollanda

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ESTAVA EM NOSSAS MÃOS

Por que não me disseste, no passado,
- Espera por mim, porque te amo! -,
quando eu corria à tua frente
nas alamedas que nos levavam
para um futuro tão mal vivido?...
Por que dizias, nas brincadeiras,
que, sendo irmãos,
as nossas mãos
não poderiam ter-se para sempre
quando os olhares se prendiam,
infinitamente amantes?
Por que não me trouxeste contigo
na travessia do tempo
em que nunca mais nos soubemos?
E eis que um dia
um do outro nos perdemos,
na derradeira volta que não demos,
na brincadeira sem graça
de ocultarmos palavras,
as mesmas que escrevo agora.


(Carlos de Hollanda)


voltar última atualização: 27/11/2006
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