A Garganta da Serpente

Carlos de Hollanda

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SANGRADO EM DRAMA

não sei de um teto
para a lua de teus sonhos
não sei de mares tão fundos
para mergulhos
da mente
que te sonhava

no entanto,
não conheci vontade
que não morresse, ontem,
aos pés do dia seguinte,
nem conheci teu nome
à porta de minha boca

apenas,
no escuro,
no vazio de mim,
sangravam
da garganta
palavras caladas
e os desejos
suspensos
nos afagos
que eu não te dei.


(Carlos de Hollanda)


voltar última atualização: 27/11/2006
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