A Garganta da Serpente

Bruno Philippsen

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Morri de novo...

Toda ocasião em que eu não sobrevivo,
A minha morte parece estranha,
Sempre me falta essa alguma entranha
Que eu me lembrava que tinha, se vivo.

Contrariamente aos que ficam iguais,
Logo após terem já falecido,
Eu mais pareço ser não parecido
Com estes falsos que jazem banais.

As minhas mortes são sempre medonhas,
Sempre flagelos de caras risonhas
Que dilaceram minha carne de sonhos.

Óbitos esses, que não se esquecem
Pois toda hora eles me acontecem,
Mas disfarçados de amores tristonhos.


(Bruno Philippsen)


voltar última atualização: 22/04/2005
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